domingo, 23 de janeiro de 2011

eco

Vozes eloqüentes. Sóbrias. Claras vozes, se juntando numa harmonia, que dispensa qualquer instrumento ou apresentação.
Chegam como um final de acorde, que acorda e concorda com o destino de reverberar e fluir.
Vozes que cantam, um Natal frio, como nas pinturas de contos. Tristes como uma lágrima de pesar, para quem nunca mais verá tudo da mesma forma.
Me acompanham, as vozes. No choro lamurioso.
Nos gritos ululantes e perpétuos, da minha desesperada loucura.
Perto do que ouço, meus pensamentos, são gritos. Esparsos e confusos, numa rouquidão inútil. Uma tentativa de vibrar e permanecer.
Sou somente o final de um eco.