domingo, 29 de novembro de 2009

Um grito rouco saiu de minha garganta, na lúdica tetativa de exilar minha dor, só minha.
Minha garganta profana deixou rastros de eco no ar, arremedos de restos vocais tentando em vão reverberar algo, tocar alguém. Nulo, vago.
Frustrada tentativa de em voltas perder-se nos nós de si mesmo, buscando ávido uma reentrância de rocha qualquer para nao perecer na queda.
Longa , gélida e interminável, que termina e se inicia de novo, sem pausas, sem dor, sem lógica.
Não quero por agora, mas quando cair, se cair, vai ser para sempre, caindo sempre.
E o grito que minha garganta tentar proferir, será uma lúcida tentativa de exalar minha dor, só minha.

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